Identificação
[BNP/E3, 141 – 33; 37]
Eça de Queirós – Europa em pseudo-escabeche. Camilo – brasão literário que um brasileiro comprou[1]. Camões – grande e cego de um olho, mesmo na alma – ó grande símbolo apanhado em África! Gomes Leal – víbora cristã. Cesário – Rocio ao entardecer… Que pouco que isso tudo pesa na balança das almas prateadas!
É por isso que o céu anteriano se comove de estrelas! É por isso que a noite de {…} se entretece de nuvens!
O grande e unânime Vicente Guedes que a morte ceifou {…}
[37r]
Eugénio de Castro – Apolo castrado[2], mas Apolo.
Antero – uma grande noite sublime, mas – para quê! – sem estrelas.
Junqueiro – um Moisés cego. Pascoaes – uma águia triste. Mário Beirão – um anjo comedido. D’Annunzio – calvície precoce, valete de copas em {…}.[3]
Anatole France – o século XVII em automóvel.
Fialho – puxava bem a carroça do estilo.
|Barrès – uma mulher chamada Maurício.|
Influências estrangeiras – para quê? Quais elas? Que desprezíveis!
Lisboa, único Portugal… O Porto – vila daquém Galiza, Coimbra – a |sórdida|, paisagem onde {…}, vagas casas, vagas vilas, nada… Só Lisboa, hoje de Portugal na Europa. Paris das descobertas.
[1] brasão literário que um brasileiro comprou /um |bastardo| de Deus e da imperfeição\
[2] castrado /coxo\
[3] valete de copas em {…}. /o canto de surdina\