[19 – 13]
António Mora
Para o índio a obra de arte não é ainda uma coisa, uma coisa que ele veja existir independentemente da emoção que a produziu. O grego tem já isso. Nasceu com ele[1] o senso artístico, ou crítico |propriamente|, que vê a obra de arte como coisa, no espaço, fora da relação com a emoção que a produziu.
O grego reparou nisto – que uma obra de arte é uma realidade exterior; uma realidade exterior porém, que pertence a determinada categoria – à das coisas exteriores produzidas, fabricadas, pelo Homem. Daqui fatalmente um conceito do artista sendo um operário.
[1] com /n\ ele