[BNP/E3, 142 – 24]
O livro de X. é um belo livro. Livro onde se desenha o estofo do possível nosso futuro novelista analítico, por excelência. Descontadas falhas secundárias – inexprimíveis de execução – como seguir digressões, intercomplicadas, por vezes, de subdigressões – não há dúvida que a arquitectura dos dois contos principais, e neste livro especialmente, é já da nossa inteligência fortemente construtiva e criadora de todos {…}
O vulgar muito há a esperar aplica-se aqui com a insignificação da vulgaridade. Os dois contos principais são, é certo, mais do que um pouco. O Incesto especialmente é já um conto que conta na {…}
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A índole é analítica.
O estilo é individual.
É sem dúvida um livro superior: contém um conto muito belo – Loucura – e outro supremamente belo – O Incesto. E esta cultura boa – os aspectos {…} – das páginas e mais perfeita análise psicológica, patológica, que em Portugal se conquista.
A perda da tristeza era aqui. A prosa pelo {…} Mário de Sá-Carneiro saiu ileso da Prosa.