Identificação
[BNP/E3, 143 – 77-80]
Meu caro Boavida Portugal.
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Fim de carta de Augusto de Castro
Cabe em que neste momento sente subir-lhe a {…} a alma renascente e importante de uma extraordinária Raça, alma esculpida por Deus em sonho e esperança, para que quando o momento viesse que se lhe casasse com a |alma|, ela o visse em beleza e triste alegria, ébria de mistério e ungida de natureza.
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Dantas, Castro e {…} nem são nada são o ultra-nada. O nada ainda é pensável como nada. Eles nem pensáveis são; realizam o mistério de perfeição negativa. São o não-ser absoluto.
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Com o 3º acto do sr. Augusto de Castro que se {…} cansado em absoluto, como é de ver. O facto de ele não saber encontrar a ideia não importa para o caso.
[77ar]
Essa renascença literária não tem de ser pensada só {…}. O recentíssimo Princípio, livro de contos de Mário de Sá-Carneiro, mostra já um domínio.
Escritos {…} nos cingem sensibilidade se adapta à fala criada do amor acordam de repente para uma nova {…}: assim o livro Nova Sapho do Visconde de Vila-Moura, livro tomado de génio, onde um assunto evidentemente de grandiosidade e por isso de {…} se mostra espiritualizado pela influência {…}
[78r]
{…} dar início a esta carta com qualquer observação mais extensa de que a nossa afirmação de muita carta como que trata a sua oposta ideia de um inquérito à nossa vida intelectual. Creia-se, como sabe, possivelmente fecunda a {…}
Querendo o sr. Júlio de Matos citar Correia de Oliveira apenas na sua primeira fase, a da plena simplicidade, antes de tomar o tom {…} – na fase do Auto do Fim do Dia e do Alívio de Tristes? Nesse caso vai citar do poeta uma fase de pleno e exclusivo desalento e tristeza, tristeza ainda sem enlevo religioso ou de confiança no forte que a fazer considerar o sintoma de vida e da fé.
Cita Correia de Oliveira, um melhor poeta, é certo, mas de todos os poetas da Renascença não só o de mais irregularidade, mas o de menos intelectualizado misticismo – aquele que, portanto, menos na sua 2ª fase de esperança na Raça e esperança na pátria, menos relevo extra-místico dá aos seus por vezes admiráveis poemas, e que portanto, menos ideia da inteligência da escola deve dar a um espírito puramente intelectivo e que, ao que parece, avalia a poesia por um critério psiquiátrico da exaltação ou depressão que mostra.
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A força paradoxal que a ser alguém é feita de tristeza é tristeza o que acaba {…}
[78v]
Isto é, de resto, uma hipótese. O nosso charlatão cita Correia de Oliveira porque é o nosso poeta mais conhecido de relevo, dado que tem mesmo uma arma enorme e geral, antes de o começar a atacar, os estagnados poetas da escola lusitana – João de Barros, Nunes Claro, etc. – antes de o começar a atacar os poetas berrantes (João de Barros, {…} têm uma arma geral.
O nosso psiquiatra charlatão nunca deve ter lido Correia de Oliveira.
[79r]
Nunca o mundo teve em poesia assim tão largo de espiritualidade, tão complexo de alma. {…} corrente que nunca teve o seu glorioso âmago num poeta mais do que devemos supor. Maravilhosos poetas, {…} trazido o mistério do universo para a {…} lírica dos portugueses! Poetas {…}, sobe-lhes à boca em palavras do mistério e do lugar a certeza {…} da divina unidade do cosmos.
{…} e caso não tenha {…} |divina| eternidade no lugar do seu momento criador.
Falo cumprir isto, na lírica e no sentimento. E porque sinto isto assim tão seguidamente em cima e além de mim, me revolto antes {…}
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E que poetas e poemas já temos, jovial ainda! Deixamos a significar, que pensamos da Pátria.
A Oração a Luz
Porém vemos isoladas de Pascoaes, lágrimas reflectindo o universo inteiro {…}
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- a) diz o eminente em psiquiatria.
- b) O acto de quem parte da Portuguesa.
- a) o habitante supremo de Rilhafoles.
- b) o nosso similipoeta.
[80r]
{…} templo espiritual de Deus {…}
Poesia alta, {…} como nenhuma; poesia que vive Deus como nenhuma outra. Poesia cuja alma transcende a da poesia grega, a da poesia da renascença, e da poesia toda do romantismo. Por isso que breve terá o grande poeta que {…} Poesia que revela o 1º passo da Raça para um grande futuro {…}
Vê isto quem sabe sentir a análise, e é porque, sentido ou analisado, vejo isto, que, ao descer da minha fé interna para o conhecimento do que um malcriado reiterado e um literato com arrancos pavorosos {…} com a sua incompreensão de estrangeiros e de programas. Só sua a incompreensão insulta e fere; quanto mais não fere e insulta a estultícia dos seus gestos mentais de consagrados e {…}
Ainda há dias um hiper-jornalista de A Capital de † em troça era ††.