Imprimir

Medium

Fundo
Fernando Pessoa
Cota
BNP/E3, 14-6 – 47
Imagem
Introduction
PDF
Autor
Fernando Pessoa

Identificação

Titulo
Introduction
Titulos atríbuidos
Edição / Descrição geral

[BNP/E3, 146 – 47]

 

Introduction.

 

Alas for town-life, and for city-life, and for village-life and for all other lives whatsoever, lived by men who are, in their own speaking, sane! Alas for the smallness, the convention, the uselessness of it all! My heart is dead-stricken when I consider them; they tell, they sleep, they have no care beyond existence – their own existence, or a few more other existences than theirs… and behind them all is a silence more dreadful than all sound, and an unmeaning deeper than all meaning whatsoever.

As for us whose nature it is to look into the soul of things and into what men call things-in-themselves, we degenerates, superior degenerates, who have to pay for intuition and for thought the hard price of unhappiness and of grief – as for us, attempt as we may to make man’s intellect more keen.

 

[47v]

 

The reasoning of the detective is the plot of the detective story; not as many have conceived it, the crime that leads to the detective work.

_______

We have now to consider poetry and the poetic, for poetry differs but in form from poetic prose.

 

The best division of poetry.

_______

Division.

I. Work of human mind and its 3 divisions; their explanation.

II. Scient[if]ic work, its branches.

III. Intellectual work; its branches.

IV. Imaginative work, its branches

V. {…}

VI. Poetry, its branches, its laws.

VII. Imaginative proper: the novel, romance, tale.

VIII. Imaginative-scientific: the novel, tale of science.

IX. Imaginative intellectual: the detective-story; the intellectual problem – story.

 

 

 

[BNP/E3, 146 - 47]

 

Introdução.

 

Ai da vida urbana, da vida da cidade, da vida da aldeia e de todas as outras vidas, vividas por homens que são, em sua própria fala, sãos! Ai da pequenez, da convenção, da inutilidade de tudo isso! O meu coração está morto quando os considero; eles falam, eles dormem, eles não têm nenhuma ocupação para além da existência – da sua própria existência, ou de mais algumas outras existências que a deles… e por trás de todos eles há um silêncio mais terrível que todo o som, e um sem sentido mais profundo que todo sentido.

Quanto a nós, cuja natureza é olhar para a alma das coisas e para o que os homens chamam de coisas-em-si, nós os degenerados, degenerados superiores, que temos que pagar pela intuição e pelo pensamento o duro preço da infelicidade e da dor – para nós, por mais que tentemos tornar o intelecto do homem mais aguçado. 

 

[47v]

 

O raciocínio do detective é o enredo da história policial; como muitos não o conceberam, o crime que leva ao trabalho do detective.

_______

Temos agora que considerar a poesia e o poético, pois a poesia difere apenas na forma da prosa poética. 

 

A melhor divisão da poesia.

_______

Divisão.

I. Trabalho da mente humana e suas 3 divisões; sua explicação.

II. Trabalho científico, seus ramos.

III. Trabalho intelectual; seus ramos.

IV. Obra imaginativa, seus ramos

V. {…}

VI. Poesia, seus ramos, suas leis.

VII. Imaginativo propriamente: a novela, o romance, o conto.

VIII. Imaginativo-científico: a novela, o conto da ciência.

IX. Intelectual imaginativo: o romance policial; o problema intelectual – história.

Notas de edição
Identificador
https://modernismo.pt/index.php/arquivo-almada-negreiros/details/33/5223

Classificação

Categoria
Subcategoria

Dados Físicos

Descrição Material
Dimensões
Legendas

Dados de produção

Data
Notas à data
Datas relacionadas
Dedicatário
Destinatário
Idioma
Inglês

Dados de conservação

Local de conservação
Estado de conservação
Entidade detentora
Historial

Palavras chave

Locais
Palavras chave
Nomes relacionados

Documentação Associada

Bibliografia
Publicações
Fernando Pessoa, Histórias de um Raciocinador, edição de Ana Maria Freitas, Lisboa, Assírio & Alvim, 2012, p. 244.
Exposições
Itens relacionados
Bloco de notas