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Fundo
Mário de Sá-Carneiro
Cota
Esp.115/7_7
Imagem
Carta a Fernando Pessoa
PDF
Autor
Sá-Carneiro, Mário de

Identificação

Titulo
Carta a Fernando Pessoa
Titulos atríbuidos
Carta a Fernando Pessoa
Edição / Descrição geral

Carta enviada de Paris, no dia 18 de Fevereiro de 1916. 

 

 **

Paris – Fevereiro 1916

Dia 18

 

Meu Querido Amigo,

Recebi a sua carta de não sei quando mas não tenho cabeça para nada. A zoina silva sobre mim despedaçadoramente. Fiz ontem um disparate sem nome: como se rasgasse uma nota de mil francos: talvez depois lhe conte – psicologia arrevesada e brutalidade sem nome. Hoje, numa necessidade de dar murros e pinotes não em resultado do que fiz ontem mas em resultado disso e mil outras pequenas coisas – nova loucura: um telegrama ao meu pai pedindo 1000 francos para partir para Lisboa. É como dantes, em minha casa, quando partia os pratos. Não sei ainda se mandarei o telegrama. Já o tenho escrito – mas não sei nada. Não sei se partirei. Não sei nada. Perdoe. Recebi a sua carta ontem.

Adeus.

Até breve.

Abraços.

o seu, seu
M. de Sá-Carneiro

Não lhe dizia que estava doido!
Vivo há semanas num inferno sem nome.

 
Notas de edição

Classificação

Categoria
Espólio Documental
Subcategoria
Correspondência

Dados Físicos

Descrição Material
Tinta preta sobre folhas pautadas e sobrescrito.
Dimensões
Legendas

Dados de produção

Data
1916 Fev 18
Notas à data
Inscrita.
Datas relacionadas
Dedicatário
Destinatário
Fernando Pessoa
Idioma
Português

Dados de conservação

Local de conservação
Biblioteca Nacional de Portugal
Estado de conservação
Bom
Entidade detentora
Biblioteca Nacional de Portugal
Historial

Palavras chave

Locais
Paris
Palavras chave
Nomes relacionados

Documentação Associada

Bibliografia
Publicações
Sá-Carneiro, Mário de, Cartas de Mário de Sá-Carneiro a Fernando Pessoa, ed. Manuela Parreira da Silva, Assírio & Alvim, Lisboa, 2001.
Exposições
Itens relacionados
Esp.115
Bloco de notas
Na transcrição das cartas: a ortografia foi actualizada e as gralhas evidentes corrigidas, mantendo, contudo, as elisões com apóstrofo e todas as singularidades da pontuação usada por Mário de Sá-Carneiro, bem como a forma original das datas, muitas vezes com o nome dos meses em letra minúscula ou abreviado. O título da revista Orpheu foi mantido na forma sempre usada por Sá-Carneiro – Orfeu. Foram mantidas, igualmente, as versões de versos e de outros trechos literários mais tarde corrigidos ou refundidos pelo poeta.