(1788-1824)

George Gordon, ou Lord Byron, poeta do romantismo inglês, de grande popularidade e influência em  todo o movimento romântico. Estudou em Harrow, onde escreveu os primeiros poemas, e depois no Trinity College de Cambridge. Escreveu Hours of Idleness em 1807 e o poema satírico “English Bards”, em 1809. Viajou por Portugal, Espanha e pelo Mediterrâneo, de onde enviou cartas acerca das suas experiências e impressões. Escreveu os primeiros Cantos de Childe Harold’s Pilgrimage em 1812. Seguiram-se The Bride of Abydos, The Corsair, Hebrew Melodies e The Siege of Corinth. Depois de um divórcio que escandalizou a opinião pública, saiu de Inglaterra em 1816. Continuou a escrever Childe Harold’s Pilgrimage e, em Veneza, escreveu Manfred, Mazzeppa e 3 Cantos de D.Juan. Conspirou contra a Áustria, a favor da independência da Itália. Tomou parte na luta pela libertação da Grécia da opressão turca. Para esse combate formou a “Byron Brigade”, forneceu apoio financeiro aos combatentes gregos e fretou um navio, o “Hércules”, com o qual viajou para Cefalónica. Planeava participar num ataque a Lepanto quando morreu de uma febre. Fernando Pessoa inclui-o na lista das suas influências literárias para os anos de 1904 e 1905, colocando-o no primeiro e novamente no 3º lugar. No diário de 1906, regista a leitura de Childe Harold, Cantos I e II, de Hebrew Melodies e de Hours of Idleness. Num texto sobre a necessidade do artista ser belo e elegante, dá Byron como exemplo da verdadeira aparência de poeta. A influência dos primeiros tempos parece, no entanto, ter diminuído. Em Erostratus, indica Byron com um dos autores que não serão publicados, de futuro, em edição completa e acrescenta que a fama dos poetas e prosadores menores se irá estreitando de antologia para antologia. No ensaio Impermanence, afirma que Byron, tal como Browning, irá desaparecer e que o seu próprio nome será esquecido. Entre as traduções que Pessoa fez de poetas ingleses, encontra-se o poema de Byron God bless the King – I mean the Faith’s Defender. Vicente Guedes seria o tradutor de Caim de Byron, para a Empresa Íbis.

 

Fernando Pessoa, Heróstrato e a Busca da Imortalidade, edição Richard

Zenith, Assírio & Alvim, 2000.

Fernando Pessoa, Escritos autobiográficos, automáticos e de Reflexão

Pessoal, ed. E posfácio de Richard Zenith, Assírio & Alvim, Lisboa, 2003.

Companion to Literature in English, Wordsworth Editions, Cambridge University

Press, Londres, 1994.

 

Ana Maria Freitas